O feminismo é para todo mundo - Resenha crítica - bell hooks
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O feminismo é para todo mundo - resenha crítica

O feminismo é para todo mundo Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Sociedade & Política

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Feminism is for everybody

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-0111-559-1

Editora: Rosa dos Tempos

Resenha crítica

Políticas feministas

A definição de bell hooks para feminismo é simples. Trata-se do movimento que busca eliminar o sexismo, a exploração sexista e a opressão entre gêneros. 

Quando cunhou essa explicação, a autora tinha certeza de que colocava os homens como inimigos. Porque o sexismo é um problema, não importa quem o perpetua como discriminação de gênero. 

Ainda assim, boa parte das pessoas enxerga o feminismo como um movimento feito  apenas por mulheres. No limite, chegam a pensar que essa é uma prática anti-homem. Pura incompreensão e preconceito, que reflete a realidade de como a mídia de massa patriarcal distorce valores importantes. 

O feminismo vai além da busca por igualdade de gênero. Evidentemente, é importante salientar a busca pela equiparação de salários com homens que ocupam a mesma função, a divisão de responsabilidade no trabalho doméstico e nos cuidados com os filhos.

A liberdade quanto aos direitos sexuais e reprodutivos também possuem protagonismo nessa luta, porque nossa criação cristã faz com que milhões de pessoas sigam acreditando na inferioridade feminina como um mandamento divino.  

A ira no início do movimento feminista alimentava um sentimento anti-homem, atualmente já superado. É possível contar com aliados de todas as idades e de gêneros, trabalhando diariamente, cobrando por políticas públicas para que o feminismo vá além do discurso e se torne uma prática. 

Conscientização e a constante mudança de opinião

Ninguém nasce feminista. Ele é um aprendizado, uma formação que pode durar toda a vida. As pessoas não viram defensoras dessas políticas só por nascerem com o sexo feminino. 

Aderir a essa forma de enxergar a vida tem a ver com escolha e ação. Ao se organizarem pela primeira vez em grupos para conversar sobre assuntos relacionados ao sexismo e à dominação masculina, as mulheres perceberam que eram levadas a crer em pensamentos tão sexistas quanto aqueles cultivados pelos homens. 

Isso explica porque não é nada incomum encontrar mulheres reproduzindo machismo. Antes de mudar o patriarcado, é fundamental criar uma consciência, enfatizando a importância de aprender como o sistema de dominação masculina se institucionalizou e se disseminou, mantendo-se na forma de leis e políticas sexistas. 

Ao compreender essa exploração e opressão, é mais simples analisar por que nos primórdios do pensamento feminista parecia haver um sentimento de ódio aos homens, que se transformou ao longo do tempo, a ponto de demonstrar o quanto o patriarcado também é maléfico às figuras masculinas conscientes de seu papel no mundo. 

Pensar na conscientização feminista como um trabalho constante nos permite entender que, mesmo a pessoa mais sensibilizada com a desigualdade de gênero, pode replicar pensamentos equivocados, machistas e misóginos. O importante é se colocar à disposição para o aprendizado. 

O poder da sororidade

Prática de empatia, confiança, cooperação e acolhimento entre mulheres é a melhor definição para este conceito poderoso. 

Trata-se de um meio de combater o que o movimento feminista chamou por muitos anos de inimigo interno, nome dado ao sexismo internalizado também entre as mulheres, que alimenta competições nocivas, rivalidades artificiais e sempre beneficia homens em cargos de poder. 

A solidariedade entre mulheres é a base de um feminismo que recusa o pensamento patriarcal, que as enxerga como pessoas inferiores buscando apenas uma aprovação masculina. 

Muitas vezes, é comum vê-las olhando umas às outras com inveja, medo e ódio, julgando-se sem compaixão e punindo-se duramente. Isso pode ser considerado um controle de consciência, especialmente quando lembramos que homens em grupos costumam ficar unidos, se apoiando e se comportando como um time, mesmo que para se defender de atrocidades e opressões masculinas. 

Dentro do patriarcado, a ligação entre mulheres é quase proibida, é vista como um ato de traição. Somente a sororidade permite proteção de interesses feministas na busca pela igualdade de condições, oportunidades e respeito entre gêneros.  

Direitos reprodutivos

Já passamos da metade deste microbook. Nos primeiros passos do movimento feminista, os problemas apresentados como mais relevantes eram relacionados às experiências de vida das mulheres brancas, com privilégios materiais e alto nível de educação. 

Foi a partir da libertação sexual que outros aspectos passaram a ganhar mais atenção. O amor livre, simbolizado pela oportunidade de se relacionar sexualmente com quem as pessoas desejassem, sem travas morais, colocou as mulheres diante da questão da gravidez indesejada. 

Era necessário ter acesso garantido a métodos contraceptivos seguros e eficientes, além de olhar o aborto como questão de saúde pública, e não moral. Mulheres brancas com privilégios financeiros tinham acesso a tudo isso com mais facilidade do que outros grupos menos privilegiados. 

Se uma gestação indesejada causasse vergonha, os cuidados com a saúde para um aborto eram mais fáceis de serem acessados pelas mulheres da camada mais alta da sociedade. Entre os anos de 1960 e 1970, aumentaram os alertas sobre a tragédia da ilegalidade na interrupção da gravidez, além da aberração de ver casamentos forçados devido ao nascimento de filhos não planejados. 

60 anos depois, a luta continua, com maior conscientização sobre importância da educação sexual, do acesso ao aborto seguro e também à responsabilização dos homens na criação dos filhos. 

Raça e gênero

O feminismo estadunidense se transformou a partir do momento em que pensadoras passaram a reconhecer a realidade de raça entrelaçada às questões de sexismo. Afinal, as mulheres daquele país sabem que o status de uma negra ou não branca é diferente e envolve outras questões particulares. 

Desde os primeiros anos de vida, a branquitude feminina pode se identificar com outras garotas na televisão ou nas capas de revistas, além de notar o quanto o padrão de beleza a coloca em uma categoria privilegiada. 

Assim, entende-se o quanto raça e gênero se relacionam. Quando mulheres brancas preferem negar seu privilégio, nem sempre isso acontece por ignorância da própria condição. Pode ser mera negação da realidade, em uma espécie de luto ao perceber seu próprio lugar na sociedade.

Na luta de ativistas pelos direitos civis, a diferença entre as mulheres negras ficava nítida, quando o acesso a itens básicos demandava reivindicação, enquanto para as brancas tudo acontecia de maneira automática. 

O feminismo contemporâneo se faz mais relevante quando compreende a associação entre gênero, raça e classe como itens que, no fundo, estão na mesma luta. 

Masculinidade feminista

Havia um forte grupo anti-homem no início do movimento feminista contemporâneo. Entre as mulheres heterossexuais recém-chegadas, boa parte tinha saído de relacionamentos com indivíduos cruéis, maus, violentos e infiéis. 

Curiosamente, era comum ver boa parte deles participando de lutas por justiça social, falando em nome dos trabalhadores, dos pobres e defendendo igualdade racial. 

Mas quando o assunto era gênero, seu sexismo era o mesmo de homens conservadores. A fúria das mulheres que passaram a rejeitá-los virou um catalisador pela libertação feminina de forma plena. 

Com o passar do tempo, esse sentimento se transformou, porque percebeu-se que o problema era o patriarcado, não só os homens. Com mais mulheres saindo de relacionamentos destrutivos, ficava claro que a maneira com que se encara a masculinidade precisava ser repensada. 

Se hoje olhamos com atenção e rejeitamos comportamentos tóxicos tipicamente masculinos, tem muito a ver com a luta de décadas para que se compreendesse o quanto o feminismo não busca privilégios. 

Cada vez mais, as mulheres heterossexuais buscam se relacionar com homens que se esforçam para aceitar o feminismo, convertidos para um pensamento que encara o desafio de olhar para dentro de si e perceber que há uma forma mais saudável de interpretar o mundo, sem opressão de gênero, sem a obrigatoriedade de cumprir papéis que rebaixam as mulheres a categorias inferiores. 

Ainda temos muito a conquistar. Mas já é um avanço perceber como hoje temos mais homens entendendo que o feminismo é para todo mundo, e que o feminismo é a chave para um mundo melhor, com menos opressão e desigualdade. 

Notas finais 

Muita gente alimenta a ideia equivocada de que o feminismo é nocivo à sociedade, buscando privilégios para as mulheres em detrimento aos homens. bell hooks nos mostrou o quanto essa causa precisa ser incentivada por todos nós. Afinal, uma sociedade mais justa só é possível de ser alcançada com menos brutalidade e mais oportunidades, independentemente do gênero, da raça e da classe. O feminismo é para todo mundo porque incentiva comportamentos menos discriminatórios e mais igualitários, dando a chance de cada um de nós demonstrar nosso melhor sem pré-julgamentos equivocados e ignorantes. Façamos nossa parte nessa missão.

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